quarta-feira, 10 de junho de 2009

Por que Felipão foi parar no Uzbequistão...


Luiz Felipe Scolari fechou contrato com Bunyodkor do Uzbequistão.

Não quis o selecionado da ex-república da União Soviética.

Não quis acumular os dois cargos porque com a derrota para o Japão, a seleção está fora da Copa de 2014.

Mas o que fez Luiz Felipe assumir o cargo por um ano e meio em um país sem a menor tradição no futebol?

Primeiro: dinheiro.

Ele foi ganhando mais do que receberia para treinar equipes tradiconais da Europa como Milan, Juventus, Liverpool.

O clube é bancado pelo milionário Izok Akbarov, ligado ao petróleo.

Ele inclusive negocia com o presidente Lula a chance de investir no Pré-Sal brasileiro.

O segundo motivo foi o estrago causado por sua passagem no Chelsea.

Luiz Felipe criou muita expectativa depois do título mundial com o Brasil e o vice-europeu com Portugal.

A atuação pífia do clube inglês, com boicote ou não dos jogadores, fez despencar o interesse das equipes fortes européias.

Para piorar, surgiu a crise mundial.

E o forte investimentos de equipes como o Milan e Barcelona em treinadores jovens e baratos.

Luiz Felipe Scolari é um dos mais caros do mundo.

Vai receber o que quer no Usbequistão.

Seu plano é simples.

Recebe a equipe nas quartas-de-final do torneio asiático que classifica o representante para o mundial de Clubes.

A estrela da seua equipe é Rivaldo.

Com seus 37 anos, ele continua jogando muito bem.

Para os padrões uzbeques.

Zico já treinou a equipe e recomendou a Scolari: não economize nos pedidos.

Dinheiro há de sobra.

E Felipão já pediu vários reforços.

Passou a sua lista de jogadores, ousada.

O milionário Izok já garantiu que irá buscá-los.

O time será reforçado.

Felipão levará toda a sua Comissão Técnica que trabalhou no Chelsea.

O treinador repete a todo instante que Telê Santana foi trabalhar no Oriente Médio depois da Copa de 1982, sem problemas.

Não completa que Telê acabou retornando para a Seleção Brasileira.

Talvez, de propósito.

Deixa o jornalista completar por ele.

Como Felipão ditou para a sua assessoria de imprensa divulgar:

"Sou um profissional e trabalho onde me dão a oportunidade de crescer, onde possa dar um pouco do meu conhecimento.

Não sei o que será depois de um ano e meio.

Poderá surgir algum projeto na Europa, mas também existe uma grande possibilidade de eu voltar ao Brasil, pois estou há muito tempo longe de casa.

Passei 13 anos fora do país e imagino trabalhar por mais quatro ou cinco.

Estou na fase final da carreira, e voltar ao Brasil é algo que eu considerarei quanto meu contrato terminar."

A única esperança de Felipão assumir a Seleção Brasileira, como muitos desejam, seria se acertar com o presidente Ricardo Teixeira.

O que é muito difícil.

Hoje os dois não se falam.

Não se toleram.

A aventura de Felipão no Uzbequistão começa no dia primeiro de julho.

Que o usbeque Izok cumpra tudo o prometeu.

Ao contrário do russo Roman Abramovich no Chelsea.

E há a certeza de uma coisa: dinheiro não faltará...

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