terça-feira, 11 de agosto de 2009

Alguma novidade na dança dos treinadores?

* Paulo Calçade - comentarista da ESPN

Ninguém se espanta mais com a demissão dos treinadores de futebol no Brasil.

A 18ª. rodada tirou o emprego de René Simões, Carpegiani e Nei Franco.

Provavelmente gente séria, que defende um trabalho mais longo, faria o mesmo diante de uma queda acentuada na tabela de classificação.

Algumas trocas vão surtir o efeito desejado, outras não.

Por muito tempo veremos a troca como solução de um problema que não foi iniciado pelo treinador.

As explicações são as melhores possíveis, geralmente abordam o perfil do contratado. No lugar do treinador durão entra o paizão; no lugar do paizão entra o durão...

O dirigente, responsável pelas escolhas, nunca é culpado. Raramente se demite.

Muita gente defende uma alternativa jurídica para vincular os treinadores aos clubes até o final de cada competição.

Não é por aí, esse é o pior caminho.

Se os contratos, repletos de cláusulas de proteção para ambos os lados, não servem para impedir mudanças... Vai ampliar a bagunça.

O futebol brasileiro precisa de uma alteração profunda, que apenas a troca de calendário não será capaz de promover.

Há muito tempo venho escrevendo sobre a perversidade dos meses de julho e agosto, que apresentam excesso de jogos, pouco tempo para treinamentos e muita cobrança.

Quem assumir agora vai, no máximo, ter uma boa conversa com seus novos comandados. Isso é futebol profissional?

Importante: o prazo para inscrições de novos jogadores vai até a véspera da partida de cada clube na 26ª. rodada, programada para os dias 26 e 27 de setembro.

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