quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Derrota da soberba




Textos da coluna de José Luiz Prévidi, do blog http://www.previdi.com.br/
Renato Marsiglia*
Jamais se viu no futebol gaúcho um clima antecipado de vitória e êxtase como o que antecedeu a viagem do Internacional para Abu Dahbi. Mesmo após a chegada da delegação nos Emirados Árabes, a festa continuou rolando por aqui.
O clima de euforia era total.

A impressão que se tinha era de que o Inter tinha ido apenas buscar a Taça de Campeão do Mundo. Afinal, a semi-final seria contra os inexpressivos Pachuca ou Mazembe e a grande decisão contra uma Internazionale decadente e colocada em sétimo lugar no Campeonato Italiano.

Se o imbatível Barcelona, melhor time do mundo , havia caído em 2006, o título agora era “pule de dez”.

Mais: por quanto tempo teremos que ler e ouvir que os times africanos correm muito, mas são indisciplinados taticamente? O Mazembe foi SEMPRE SUPERIOR ao Internacional. Tática, técnica e fisicamente.

Faz tempo que as seleções africanas vêm se destacando nas competições da FIFA, mas o discurso desmerecendo o futebol daquele continente continua o mesmo.

Como diria o filósofo Muricy Ramalho: “A bola pune”.
*Renato Marsiglia foi árbitro de futebol e é comentarista da Rede Globo.

“A ingenuidade do futebol africano”.
Ou a balaca falou mais alto?
Depois do texto do Marsiglia não precisaria escrever mais nada.
Mas tenho que dar os meus palpites e uma que outra informação.
Ontem de manhã, conversei com o Julio Ribeiro.
Comecei assim:
- E us negão?
E ele:
- Nem considero.
Antes, na saída do programa Guerrilheiros da Notícia, na Rádio Pampa, previ, faceiro, para o animado (camiseta e abrigo vermelhos) Francisco Marshall, o idealizador do Studio Clio:
- Vamu ganha dus negão de dois a zero!
E ele deu uma risada faceira.
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Caí na conversa dos entendidos em futebol. Há mais de 30 anos que ouço que o futebol africano “é ingênuo”. As vêzes acredito nos entendidos. Mesmo que há poucos anos o Brasil tenha perdido uma final de Olimpíadas para um time africano. Vira e mexe estamos perdendo para africanos e continuam falando que os “africanos são ingênuos”.
Desta vez, ouvi várias vezes que a defesa do Mazembe era fraca.
É, se a defesa deles é fraca, o que podemos falar dos dois zagueiros do Internacional. O Índio chegou a se virar de bunda quando o negrão chutou para o primeiro semi-frango do Renan.
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Eu, sem o meu tradicional ranço, comecei a assistir ao jogo de ontem. Até esqueci que existem dirigentes/cartolas.
Mas senti que o “melhor plantel do Brasil” iria se entregar, quando começou aquele joguinho medroso, de passes para o lado.
Não deu outra.
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Sabem o motivo de ter entrado aquele guri, o Oscar, no segundo tempo, ao invés do Andrezinho, um exímio batedor de faltas?
Ah, é só “descobrir” a quem pertence o passe do “promissor jogador”.
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Túlio Milman lembrou hoje de manhã muito bem:
Mais de 5 mil colorados no estádio, lá nos confins do mundo, e os jogadores não se dignaram a cumprimentá-los, em nenhum momento.
Outra vergonha!!
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Legal mesmo vai ser a disputa pelo terceiro lugar.
Melhor ainda se for o Internazionale.
VAI SER A FINAL MORAL!!
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Hahahaha!!!!
Vou torcer hoje, desesperadamente, pelos coreanos!!!
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Em Dos Amigos, várias manifestações sobre o tema do dia.
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Para encerrar:
Piadinha do Marco Aurélio Souza, colorado.
No jornal:
Inter levará 115 pares de chuteiras para o Mundial.
Só esqueceram de levar o time...

2 comentários:

  1. Vai usar o mesmo título para a derrota da ACBF ou vai se cagar todo?

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  2. Por isso que usa anonimato, se fosse educado colocaria o nome

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